sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O início do calvário...desabafo.

   A perda de um filho faz com que passemos a enxergar o mundo de uma maneira estranha. Passamos a prestar mais atenção no sofrimento dos outros, aprendemos a nos colocar no lugar das pessoas que vivem situações difíceis. Pelo menos pra mim, felicidade verdadeira mesmo não existe neste mundo. Porque passei a me colocar no lugar das pessoas. De todas as pessoas. Se pensarmos bem, como existir felicidade, se nunca todos estarão felizes? Enquanto alguém está transbordando de alegria, outro está morrendo. Enquanto estou comendo, tem uma, ou muitas crianças morrendo de fome. Enquanto uma mãe dá à luz um filho, outra mãe chora a perda de seu filho. Enfim, felicidade é realmente uma ilusão, simplesmente não existe neste mundo. Mesmo nos momentos felizes sempre existirá alguém sofrendo. É terrível dizer isso, mas me sinto mais "incluída" no mundo quando as pessoas estão tristes, do que quando a maioria está feliz. Isso pode estar parecendo um desabafo, e realmente o é. Acho que é por causa dessa época. Há dois anos atrás, nosso calvário já tinha começado. Nosso filho já apresentava os primeiros sintomas da leucemia, que começou a se manifestar com uma febre alta e infecção de garganta. Meu Deus, como poderíamos imaginar que o que parecia relativamente "simples" de se tratar, como uma dor de garganta, tão comum nas crianças,  fosse terminar com a perda de nosso filho? Como poderia imaginar que uma criança forte como ele fosse ter uma doença tão maldita como o câncer? Tantas perguntas e NENHUMA resposta. Nunca nessa vida vou saber porque isso tudo aconteceu, porque passou esse vendaval e levou nosso filho embora. E mesmo que soubesse, talvez não acharia justo mesmo. Vai ver que é por isso que não tenho essas respostas, vai ver que elas simplesmente não existem. Ou se existem, não posso tê-las agora. Enquanto isso estou aqui, tendo que sobreviver, tendo que tocar a vida, com essa imensa saudade que aos pouquinhos vai me destruindo por dentro. Um dia isso tudo acaba mesmo. De um jeito ou de outro, isso vai terminar. Só me resta esperar, só isso.
     

sábado, 21 de janeiro de 2012

Reitficação

    Recebi dois comentários da Cledineia Carvalho Santos, me alertando que o poema reproduzido aqui no blog no dia dos professores é de autoria dela, e não de "Gisele" de Curitiba, como foi colocado. Achei esse poema no Google quando fui procurar poemas sobre professores, e achei esse com o nome Gisele de Curitiba como se fosse a autora, por isso coloquei assim. Peço desculpas a Cledineia pelo mal entendido, e lamento que alguém tenha se colocado como autora do poema sem ser de fato, e ainda por cima ter colocado no Google. E parabéns a verdadeira autora, Cledineia, pela sensibilidade com que descreveu os professores neste lindo poema.